Congresso deve votar, nesta terça-feira, o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta que regulamenta a profissão de condutor de veículos de emergência (PL 7191/10). Assunto foi tratado em sessão solene hoje, na Câmara
Críticas
O presidente da Associação Brasileira de Motoristas e Condutores de Ambulância, Alex Douglas dos Santos, disse que o governo descumpriu um acordo para não vetar a proposta. Em ofício encaminhado a deputados e senadores, Santos rebateu os argumentos do Executivo. “Ter um profissional treinado e qualificado não irá onerar os pequenos municípios, mas sim acabar com abusos pelo mau uso desses profissionais para outros fins, o que os torna indisponíveis para o pronto atendimento de pessoas debilitadas”, afirmou. Motorista de ambulância, Manoel Araújo, disse em Plenário que não se deve analisar o caso como um simples serviço de transporte. “Não somos condutores comuns, somos condutores de vidas. Cada freagem brusca dada por um condutor de ambulância gira o cérebro em 2 milímetros, podendo causar doenças posteriores”, lembrou ele, destacando a necessidade de tratamento diferenciado em relação aos demais motoristas.
Os deputados Izalci (PSDB-DF), Camen Zanotto (PPS-SC), Francisco Escórcio (PMDB-MA), Jaqueline Roriz (PMN-DF) e Mauro Benevides (PMDB-CE) também defenderam a derrubada do veto. Para eles, o transporte de vidas não pode ser tratado da mesma maneira que o de mercadorias.
Em discurso lido em Plenário, o presidente da Câmara, Henrique Alves, lembrou que o veto é uma das etapas do processo legislativo, o qual ainda não foi encerrado. Para Alves, o veto foi um “desalento” e caberá ao Congresso decidir sobre o assunto em nova votação, nesta terça-feira, desta vez por maioria absoluta.
Com informações da Agência Câmara
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