quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ritmo da duplicação está na mira do Ministério Público Federal

Os atrasos e aparente falta de empenho para dar andamento à obra fez com que o Ministério Público Federal instaurasse um inquérito para cobrar agilidade e investigar os motivos do ritmo das obras de duplicação no lote 26 da BR-101 estar tão devagar. O mesmo questionamento do procurador da República Celso Antônio Três recai sobre o lote 29, entre Sombrio-Araranguá, que não tem nenhum quilômetro de estrada pavimentada.

“Alguns atrasos são compreensivos, mas neste caso (do trecho que passa por Tubarão) é exorbitante. Vamos averiguar se este retardo também tem conivência da administração. Vamos examinar os aditivos e outros contratos e obras”, justifica Celso Três. O trecho entre Sombrio e Araranguá é o mais atrasado de toda a obra. O Dnit analisa a possibilidade de troca na empreiteira. “É uma possibilidade. O Dnit busca alternativas para que a obra tenha um ritmo ideal. Em agosto, quando o (Luiz Antônio) Pagot (diretor-geral do Dnit) vistoriou as obras, tínhamos situação similar no lote 25 (de Laguna). Depois da visita, o trabalho voltou num ritmo maior e hoje está mais encaminhado. Vamos buscar alternativas similares para este caso até esgotar as chances. Esta semana não deve haver qualquer mudança”, explicou a assessora Maira Tavares.

Se não houver acordo, o desejo é que a Triunfo desista do lote e deixe para a Construcap, terceira colocada. Caso a desistência não ocorra, seria necessário o cancelamento do contrato e uma nova licitação. A medida atrasaria ainda mais a conclusão da obra. É a segunda vez que este trecho enfrenta problemas. Logo no início da duplicação, uma outra construtora também não deu conta e a Triunfo, segunda colocada, assumiu.

Porém, de acordo com um funcionário da empreiteira em Tubarão, a Triunfo não tem nenhum problema. “A obra está sendo tocada normalmente”, enfatizou. Para o procurador, o inquérito busca acordo entre envolvidos. “Vamos levantar a situação da Triunfo. A expectativa é de que não seja necessário resolver a situação em juízo. Mas é preciso esclarecer alguns pontos. Um deles é o trevo principal de Tubarão. Deveria ser prioridade, é óbvio que deveria ter sido construído primeiro, até porque Tubarão é a principal cidade cortada pela rodovia e aquele é o acesso mais utilizado”, aponta Celso.

Fonte: Diário do Sul

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