Medida abre exceção para veículos feitos na Argentina, México e Uruguai. Maioria das marcas diz que vai manter preços até o fim do ano.
Começa a valer nesta sexta-feira (16) o aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados de fora de Argentina, Uruguai e México. A medida foi divulgada pelo governo federal no “Diário Oficial da União” de 16 de setembro e sua entrada em vigor foi adiada para esta sexta, pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou que fosse respeitado o prazo de 90 dias para a validade.
O G1 consultou 37 marcas que têm carros importados que devem ser alvo no novo IPI (veja tabela,clique aqui). A maioria respondeu que pretende manter os preços antigos até o fim do ano, quando deve haver reajuste. Segundo a Receita Federal, o imposto é cobrado quando os veículos entram no país -ou seja, os que já estão nas lojas foram importados com IPI antigo.
Objetivo é proteção
Ao anunciar a medida, em setembro, o governo disse que a intenção era proteger a indústria automobilística nacional. Em termos de volume, Argentina e México são os principais fornecedores de carros importados para o Brasil -montadoras instaladas no país como General Motors, Fiat, Ford, Nissan, Peugeot Citroën e Renault trazer de plantas argentinas e mexicanas alguns modelos vendidos aqui. Além de serem excluídos do aumento do IPI, esses carros também conseguem escapar da taxa de importação por terem acordo comercial com o Brasil.
Outras 28 marcas importam toda a sua linha de países que não estão excluídos da alta do IPI. O reajuste atinge sobretudo sul-coreanas e chinesas. A Hyundai, 9ª colocada no ranking de vendas de automóveis no ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), tem 7 modelos vindos da Coreia do Sul. No Brasil, fabrica apenas o Tucson.
Nenhuma das 8 montadoras mais bem colocadas em vendas possui tantos carros importados que possam sofrer aumento do imposto. A Fiat, primeira colocada nesse ranking, não traz nenhum modelo de fora de Argentina e México, assim como a Renault, quinta.
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