"Estamos procurando dar aos nossos clientes o que eles querem de uma forma que seja segura e tenha sentido", disse Steven Feit, um engenheiro da Honda que trabalha no projeto. "É este tipo de equilíbrio que queremos alcançar."
A evolução do automóvel está repleta de marcos históricos, desde o advento de características hoje comuns, como ar condicionado e cintos de segurança, aos novos motores híbridos, movidos a gasolina e a eletricidade. O carro se tornou um computador móvel recheado de novas opções de entretenimento, acesso à internet e a uma variedade de aplicativos que ajudam motoristas a evitar engarrafamentos e encontrar vagas para estacionar.
As autoridades fazem o possível para acompanhar a rápida evolução. A Agência Nacional de Segurança do Trânsito em Rodovias dos EUA, que supervisiona a segurança dos veículos, emitiu recentemente diretrizes voluntárias para as fabricantes com a finalidade de limitar as distrações visuais e mentais que a tecnologia pode criar.
A indústria está muito consciente deste problema. "Nós compreendemos sua importância", afirmou Gloria Bergquist, vice-presidente de assuntos públicos da Associação das Fabricantes de Automóveis. "Não podemos impedir que os consumidores queiram determinadas coisas para os seus carros, portanto, precisamos tornar a tecnologia menos perigosa."
Anteriormente, sofisticados recursos eram utilizados exclusivamente pelas fabricantes de veículos de luxo, como BMW e Mercedes-Benz. Mas agora a conectividade básica - como conectar um celular ao sistema de som do carro - é encontrada em alguns modelos comuns.
Por outro lado, as fabricantes aprenderam algumas lições ao insistir em uma tecnologia nova e não suficientemente testada. A Ford Motor, por exemplo, teve de revisar seu popular sistema Sync de navegação e entretenimento para reduzir distrações e facilitar o uso.
Cada nova versão de um carro é uma oportunidade para corrigir erros anteriores. O novo MDX, segundo a Honda, é um esforço para criar "sinergia entre o homem e a máquina".
A eliminação dos botões físicos no painel do carro foi crucial para melhorar a segurança. O seu excesso criava um número também excessivo de decisões para o motorista. O novo modelo os limita a funções importantes, como o controle de temperatura.
O objetivo é permitir que o motorista utilize apenas os controles de sua preferência. Uma segunda tela destina-se à navegação e o sistema pode ser controlado por comandos de voz.
"Os clientes querem fazer outras coisas enquanto dirigem", diz Feit. "Eles estão acostumados aos eletrônicos, como telefones e tablets, para atender às suas necessidades."
Fonte: Estadão.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário