Deputados podem sugerir modificações ao anteprojeto de lei até a próxima quarta-feira. Texto final está previsto para ser votado no dia 18
O texto diferencia o tempo de descanso: o motorista que é empregado de uma empresa continua obrigado a ter uma pausa de 11 horas. Já o autônomo pode ter esse tempo reduzido para dez horas. Além disso, o texto estabelece que os motoristas que ultrapassarem o tempo de direção permitido só poderão ser multados depois que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tiver homologados os pontos de parada.
Os integrantes da comissão ainda podem sugerir mudanças no texto até a próxima quarta-feira (12). A votação da proposta consolidada está marcada para a terça-feira da semana seguinte (18).
Aumento no custo do frete
Valdir Colatto explica porque aumentou o tempo máximo em que o motorista pode ficar na direção sem descansar: "A lei anterior determinava a cada quatro horas, meia hora de descanso, uma hora no almoço e onze horas no final da jornada. O que aconteceu? Todos têm uma dificuldade e [precisam] de um tempo maior disponível para transportar os mesmos produtos. E o Custo Brasil que aumentou, com isso, cerca de 30% no frete. E também os motoristas autônomos dizendo que, com isso, eles não conseguiriam ter a receita suficiente para poder manter a sua atividade."
Diminuir o valor do pedágio
Valdir Colatto também propõe diminuir o valor do pedágio cobrado dos caminhoneiros. Hoje, o preço é definido com base no número de eixos do veículo. O relator sugere que o pedágio passe a ser cobrado só sobre a unidade tratora, conhecida como cavalo.
Outra novidade apresentada é a cobrança das multas dos motoristas estrangeiros que trafegam no País. Valdir Colatto sugere que se aplique o princípio da reciprocidade: em muitos países da América do Sul, o motorista só pode deixar o território nacional depois que tiver quitado as multas.
Com informações da Agência Câmara
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