Nos últimos dez anos, o número de mortes em acidentes com motos, no Brasil, aumentou mais de 260%, segundo informações do Ministério da Saúde. O custo social desse fato é muito alto, mais ainda considerando que um acidentado grave pode custar até R$ 200 mil ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O salto no número de vítimas fatais em acidentes com motos é bem maior que o aumento do número de mortos por acidentes de trânsito em geral, que envolve carros, motos, caminhões, ônibus, pedestres. Em 2011, foram 42.425 mortes contra 30.524 registradas em 2001 – alta de 39%.
Entretanto, esse quadro de acidentes poderia ser menor se as motocicletas contassem com o sistema de freios ABS de série, mas menos de 18% das motos vendidas no Brasil, e somente aquelas com mais de 250 cilindradas, possuem esse sistema.
Como funciona
O ABS de motocicleta não difere muito do sistema para automóveis, a não ser pelo tamanho: é menor pelo fato de ter apenas dois sensores. Esses sensores são instalados em cada roda e transmitem ao módulo do ABS as informações sobre sua velocidade. Em uma frenagem brusca, onde há uma tendência de travamento das rodas, o sensor informa o módulo, que analisa a situação e, se necessário, alivia a pressão nos freios, evitando que as rodas travem.
Há montadoras que oferecem o ABS mecânico nas rodas dianteiras. Esse sistema, diferentemente do ABS eletrônico, possui uma câmara de alívio que reduz a pressão nos freios para evitar que as rodas se travem. Nesse sistema, quando há uma pressão elevada nos freios, o fluido vai para essa câmara, reduzindo a pressão e, também, evitando o travamento dos freios.
“O projeto de lei se traduz em melhoria social para todos, pois a utilização de freios ABS nas motocicletas, embora possa tornar os referidos veículos um pouco mais caros, será importante para a segurança dos pilotos e dos pedestres, com a consequente redução de acidentes. Por esse motivo, o projeto de lei tem como alvo a reversão das trágicas estatísticas de trânsito”, avalia o deputado Adrian.
Um comentário:
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