sábado, 26 de janeiro de 2013

Caminho desbravado: Serra do Corvo branco será asfaltada

Abertura de picada em Aiurê                  Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Desbravar a Serra Catarinense não era tarefa fácil no meio do século passado. Era para poucos corajosos e empreendedores. Pedro Fedolino Kuhnen foi um destes bravos homens que tinham o ideal de dar uma vida melhor para os moradores da comunidade de Aiurê, distrito de Grão Pará. Em 1959, aos 39 anos, ele tomou a frente para liderar a construção de um caminho que não fosse apenas uma picada onde transitavam pessoas a pé, a cavalo ou de carroça.
Munido de facão e picareta, começou a abrir a estrada entre os paredões da serra, que depois seria usada como traçado para a rodovia SC-370, antes SC-439. A força de trabalho era de Aiurê, distante 12 quilômetros de Grão Pará e a 12 quilômetros do topo da Serra do Corvo Branco. Pedro registrou em livros os nomes dos participantes, que recebiam alimentos como pagamento...
Hilário Gonçalves, de 64 anos, era um deles. Tinha 16 anos quando subiu pela primeira vez no caminhão para ajudar.


— Pedro abria caminho e eu ia com uma picareta atrás, tirando as pedras.

No dia 17, a assinatura do edital de pavimentação do trecho deu início ao sonho de pavimentação que vai levar a estrada a um patamar de rota turística.

A filha de Pedro, Normélia Kuhnen Salvador esteve presente e levou os livros de anotações e fotos da época.


A conclusão do sonho de Pedro foi dividido em dois lotes. O primeiro, de 23,5 quilômetros — de Grão Pará até o início da Serra do Corvo Branco, — vai custar R$ 42 milhões. O segundo — da subida da serra até a junção com o trecho já pavimentado em Urubici — tem 9,3 quilômetros, dos quais cinco quilômetros serão feitos em concreto, está estimado em R$ 30 milhões.

Pedro faleceu há 10 anos, aos 82 anos e não viu a obra asfaltada, mas seus filhos e netos esperam passar por ela.

Fonte:DiárioCatarinense

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