quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Em sete dias, duas crianças são salvas pelas cadeirinhas


Mirna Graciela
Em uma semana, dois acidentes ocorridos na região comprovaram que o uso da cadeirinha de segurança para crianças menores de 10 anos é o melhor aliado para evitar lesões graves e até a morte. Nas duas colisões, os meninos não tiveram ferimentos de grandes proporções porque estavam no equipamento de proteção.Um dos casos ocorreu nesta segunda-feira, na SC-482, rodovia que liga Rio Fortuna a Braço do Norte. Por volta das 15h45min, um caminhão e um Honda Fit bateram frontalmente. O impacto foi muito forte e destruiu parcialmente o carro.
A condutora, de 35 anos, sofreu escoriações e fraturou um dos braços. O seu filho, de 4, teve somente alguns arranhões, pois estava na cadeirinha. O motorista do caminhão também teve pequenas escoriações...
O outro acidente ocorreu na terça-feira da semana passada em Tubarão, na parte nova da avenida Pedro Zapelini. A motorista de um Gol capotou o veículo na tentativa de desviar de outro automóvel que parou na pista de rolamento para virar à direta.
Na manobra, a mulher perdeu o controle do carro, subiu no meio fio e atingiu um poste. O Gol ficou com as rodas para cima e o menino de cerca de 1 ano e meio saiu ileso. Ela teve lesões leves.

“Já vi carros destruídos e a criança sair ilesa”
Para o guarda municipal Maciel Brognoli, de Tubarão, o uso da cadeirinha de segurança para crianças é primordial. Conforme ele, na grande maioria dos acidentes, entre 80% a 90% das crianças são salvas pelo equipamento.
“Em um acidente que atendemos na avenida Pedro Zapelini, na semana passada, o garoto somente não foi arremessado para fora do carro porque usava o dispositivo”, lembra Brognoli. Infelizmente, atenta o guarda, muitas famílias transitam com suas crianças sem a proteção ou as carregam no colo, no banco da frente.
A falta de conscientização é grande, mas, em muitos casos, a parte financeira também é um problema, já que os equipamentos são caros. Ele cita uma iniciativa inédita, desenvolvida em um hospital de Curitiba (PR), que tem trazido excelentes resultados.

“Quando o bebê nasce já sai do hospital com uma cadeirinha apropriada. Quando ele cresce, os pais devolvem a cadeirinha à instituição, que repassa outra, condizente com o tamanho da criança. Com isso, ocorre um rodízio e ninguém fica sem”, exemplifica.Para ele, o procedimento poderia ser adotado em várias cidades, com o apoio de empresários, organizações não governamentais e órgãos públicos. “Já vi muitos carros destruídos e a criança sobreviver porque fazia uso do dispositivo. Vale a pena investir nesta ideia”, sugere Brognoli.

Além dos riscos, a infração é gravíssima
O uso correto da cadeirinha por pequenos de até 10 anos diminui entre 50% e 90% o risco de lesões graves em acidentes. No Brasil, a utilização passou a ser obrigatória em 2010. A fiscalização é falha e o alto custo da cadeirinha não populariza o equipamento.

De acordo com o artigo 168 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transportar crianças sem usar o dispositivo é infração gravíssima, com multa de R$ 191,54 e retenção do veículo.
Em caso de acidente de qualquer proporção, a cadeirinha deve ser descartada, mesmo que aparentemente a estrutura esteja intacta. Isto porque internamente pode estar danificada e comprometer a segurança da criança.

Dica para comprar e utilizar o equipamento
Jamais compre uma cadeirinha de segurança pela internet, pois a criança deve ser levada para testá-la. Existem três tipos de equipamentos, um para cada fase. O bebê conforto é para pequeninos de zero a 1 ano e com até 13 quilos. Nos carros que não possuem elevação no banco, é preciso comprá-lo. Em todos os casos é importante saber usar bem as travas. Elas precisam estar muito bem fechadas, caso contrário a criança não fica segura no assento.

Fonte:Notisul

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