Mais de 51 mil brasileiros são atropelados no país todos os anos, de acordo com dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O número de mortos, segundo a pesquisa, é de 4.685. Nas grandes cidades, motoristas e pedestres travam uma batalha no trânsito caótico. Apenas no Estado de São Paulo, há uma média de 60 ocorrências por dia: são 22 mil atropelamentos.
No período da tarde, José Antônio D’Urso se envolveu em um acidente na última sexta-feira (8). Ele dirigia um carro no centro de São Paulo quando uma mulher atravessou a rua fora da faixa, quando o farol estava aberto para os carros. A vítima foi levada ao hospital com ferimentos.
Depois na rua Venceslau Brás, o Corpo de Bombeiros é chamado para atender outra ocorrência de atropelamento. A vítima é um homem sem sinais de fraturas e rapidamente é resgatado. Mas a reportagem descobre que a situação no local é complicada para o pedestre: na rua não há faixas e nem semáforo para pedestres.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, Luiz Humberto Navarro, é difícil apontar o culpado de tantos atropelamentos.
- Existem erros dos dois lados. É uma luta constante de ganho de tempo, as pessoas não querem perder tempo e não há um respeito mútuo, tanto do pedestre como do motorista. Mas é claro que a parte fraca é sempre o pedestre.
Zonas de proteção
No início de maio, o secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, afirmou que oito ZMPPs (Zonas de Máxima Proteção ao Pedestre) serão implementadas na capital paulista até o final do primeiro semestre deste ano. Além de sinalização específica, as zonas terão reforço de agentes de trânsito para garantir que motos e carros não invadam as faixas de pedestre durante a travessia das pessoas.
A criação das ZMPPs faz parte do Programa de Proteção ao Pedestre da Prefeitura de São Paulo. Com esse novo plano, a prefeitura diz que pretende reduzir de 40% a 50% os atropelamentos e as mortes de pedestres até 2012. No ano passado, a cidade teve 7.007 atropelamentos que resultaram na morte de 630 pessoas. O número corresponde a 46,4% das 1.357 mortes em acidentes de trânsito na cidade.
As oito zonas juntas correspondem à área que concentra 11% dos atropelamentos na cidade e 1% da área total da capital.
Fonte: R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário