TUBARÃO – No mesmo dia em que completou um ano da morte do guarda municipal de Tubarão Marcelo Goulart Silva, assassinado após um assalto à Relojoaria e Ótica Orient no dia 10 de fevereiro de 2011, o juiz Elleston Lissandro Canali condenou os quatro acusados de envolvimento nos crimes. Lidiane da Rosa Mendes, de 19 anos; Thiago Castro Alves, de 27 anos; Samuel Agostinho Constantino, de 19 anos; e Alexsandro Machado da Silva, de 27 anos, foram denunciados por formação de quadrilha, latrocínio (roubo seguido de morte), porte ilegal de arma, tráfico de drogas e corrupção de menores.
A ré Lidiane, que cedia a própria residência para o grupo, foi condenada a pena privativa de liberdade de 34 anos e sete meses de reclusão. Já Samuel foi sentenciado a 35 anos e um mês. Thiago e Alexsandro, cada um, a 39 anos e sete meses. Ainda na decisão, o juiz Elleston negou aos acusados o direito de recorrer em liberdade. “Devemos resguardar o meio social de ações criminosas que, em liberdade, certamente voltariam a praticar, já que fizeram da criminalidade seu meio de vida”, descreveu o juiz na decisão publicada na noite de sexta-feira.Ainda de acordo com a decisão, o quarteto corrompeu um adolescente de 16 anos para que ele participasse da quadrilha e auxiliasse o grupo na prática de crimes. No dia do crime, o adolescente e os três rapazes condenados seguiram até a Relojoaria Orient, no Centro de Tubarão, e anunciaram um assalto, roubando R$ 29.331 em joias.
Na fuga, utilizando um Fiat Uno, que foi emprestado pelo proprietário ao jovem Thiago, o grupo cruzou com o guarda municipal Marcelo Goulart na avenida Marechal Deodoro e matou o trabalhador com pistolas semiautomáticas de uso restrito. Após cometer os crimes, o quarteto se refugiou na casa de Lidiane, onde foi capturado em uma megaoperação realizada pelas polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.
O automóvel utilizado pelo grupo e que foi apreendido como instrumento do crime, também de acordo com a sentença, foi decretado como passando a ser da União, já que o proprietário sabia que seria utilizado para alguma prática criminosa. A morte do guarda municipal chocou os moradores de Tubarão e fez com que os profissionais da classe se retirassem das ruas, até que recebessem armamentos e coletes à prova de balas, o que ocorreu em outubro do ano passado. A certeza hoje é que a decisão e as pesadas condenações serão comemoradas entre guardas e os familiares de Marcelo, que deixou a esposa e uma filha de oito anos.
Diário do sul
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