terça-feira, 26 de junho de 2012

Falta de incentivo fiscal dificulta chegada do carro elétrico

No Brasil, o maior impedimento para a entrada definitiva dos veículos elétricos no mercado automotivo é a falta de incentivo à produção desses automóveis.
De acordo com o economista especializado em varejo automotivo, Ayrton Fontes, ao contrário do que acontece em países europeus e asiáticos, Estados Unidos e Austrália, o Brasil não dá nenhum incentivo tributário para a produção, comercialização e licenciamento de carros elétricos”, afirma.
“No Brasil, os veículos elétricos têm IPI de 25%, Pis e Cofins de 11,6% e ICMS entre 18 e 19%, além do IPVA que médiaé de 4%, mas que pode variar de acordo com o estado”, conta Fontes...
Segundo o economista, mais de quatro projetos de lei foram elaborados tratando das isenções fiscais para carros elétricos no País, porém se aprovado em todas as câmaras, ainda deverão ser submetidos a Presidência da República. “Os veículos flex devem continuar a serem beneficiados com IPI reduzido, além do IPI majorado de 35% para veículos importados, onde estão inclusos os veículos elétricos produzidos mundo afora”, comenta.
Etanol em destaque

Segundo o especialista, o Brasil ainda insiste no uso do etanol como combustível limpo ou menos poluente. “O problema é que a produção vive em estado de esgotamento pela alta produção de cana nos últimos 10 anos, sem os devidos investimentos no solo, além da falta de política governamental na formação de estoques reguladores que faz com que na época da entressafra o País seja obrigado a importar etanol dos Estados Unidos”, explica.

De acordo com Fontes, quando ocorre a quebra de safra do açúcar no mundo, fazendo com que os produtores brasileiros aumentem a produção em detrimento do etanol para conseguir maiores resultados financeiros, a situação do combustível no Brasil fica ainda pior.
“Na última entressafra 2010/2011, o governo anunciou que vetaria créditos dos bancos oficiais aos produtores, que para aproveitar os altos preços do açúcar no exterior estavam produzindo menos etanol e mais açúcar”, conta.
Fonte: InfoMoney

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