Velocidades máximas permitidas ficam entre 50 km/h e 80 km/h entre São Francisco do Sul e Corupá Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS |
Os 15 radares da BR-280 já estão instalados, mas ainda não se sabe quando vão entrar em funcionamento. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou nesta quarta que não é preciso avisar quando eles começarão a multar, mas que isso deve acontecer nos próximos dias.
A justificativa: nos locais onde foram instalados os redutores, a velocidade máxima não mudou e, por isso, basta o motorista continuar cumprindo a legislação. A instalação e a localização dos radares dividem as opiniões dos moradores às margens da rodovia...Enquanto uns defendem a instalação, principalmente em trechos urbanos onde a travessia é difícil, outros acreditam que vai aumentar o congestionamento na via. Para conhecer a realidade de cada local e tentar entender o critério de escolha para a instalação dos radares,“A Notícia” percorreu o trecho e detalha os pontos.
Em todos os locais há estradas laterais com acesso constante de veículos na rodovia ou intensa travessia de pedestres. Pelo menos dois dos radares, um em São Francisco do Sul e outro em Guaramirim, ficam perto de trevos, e a sinalização pode confundir os motoristas.
Em São Francisco do Sul, há três placas com velocidades diferentes em um trecho menor que 100 metros. Em Guaramirim, entre as duas placas de 50 km/h, há uma de 40 km/h.
Morador do bairro Paulas, em São Francisco do Sul, o mecânico Elquias Curvello, 57 anos, comemorou a instalação do radar fixo de 60km/h no km 1,6 da rodovia.
— Aqui é muito difícil de cruzar a rua. Os carros vêm muito rápido e a gente se arrisca muito —, afirma.
Dono de uma lanchonete em frente a um dos radares, no km 28,5, em Araquari, Ismail Garcia, está preocupado.
— O trânsito precisa fluir e o radar vai contra isso. Na verdade, a rodovia precisa ser duplicada —, afirma.
— Teria de ser na frente da escola (Amaro Coelho), não aqui —, disse.
Na lista do DNIT, constavam apenas dois radares em Guaramirim e quatro em Jaraguá do Sul. Só que destes quatro, três ainda ficam no trecho que pertence a Guaramirim. Um deles é em um dos locais considerados mais complicados da rodovia. Fica no km 52,6, bem no acesso aos bairros Avaí e Escolinha. Em horários de pico, os carros têm dificuldades para entrar na rodovia.
O presidente da Associação de Moradores do Escolinha, Antônio Marcos Albano, 41 anos, acredita que o radar de 60 km/h pode ajudar, mas vê que esta não é a solução para resolver o problema da região.
— O certo aqui deveria ter um trevo ou até mesmo um viaduto. Estamos há anos brigando por isso. É um local com muitos acidentes —, diz.
Fonte:DiárioCatarinense
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