quarta-feira, 9 de maio de 2012

Contran prorroga prazo da tolerância máxima de 7,5% sobre excesso de peso


Nova data é 31 de janeiro de 2013. Setor de cargas defende que o ideal seria a tolerância de 10%, parâmetro adotado na Argentina.

Foto: Arquivo/CNTContran prorroga prazo da tolerância máxima de 7,5% sobre excesso de peso
Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prorrogou mais uma vez - até 31 de janeiro de 2013 - a tolerância de 7,5% sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo de veículo à superfície das vias públicas. Mas apesar do novo prazo, os representantes do setor de cargas reivindicam que o limite de excesso de peso deveria ser maior, de até 10%.


De acordo com o presidente da Seção de Transporte de Cargas da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Flávio Benatti, a medida do Contran reafirma a necessidade de mais discussões sobre o assunto, além de mostrar que não houve acordo entre todos os envolvidos...
Segundo a NTC&Logística, a decisão de adiar mais uma vez o valor de tolerância máxima de carga aconteceu em razão da falta de  conclusão do Regulamento Técnico Metrológico para Pesagem Dinâmica de Veículos, que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) está finalizando.

Para o o diretor técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, o governo não está levando em conta que apenas 7,5% de tolerância são insuficientes para compensar os erros das balanças de pesagem e a dificuldade de distribuição da carga em cada eixo.
Outro item que prejudica a distribuição exata por eixo, de acordo com Neuto, são as cargas que se deslocam durante a viagem, indo de um eixo para outro. Alguns exemplos são as cargas a granel - soja, milho, trigo e outros grãos -, de madeira e de cana-de-açúcar. Além disso, o remanejamento dos produtos dentro do caminhão, à medida que são descarregados, não é uma tarefa simples.

Argentina 
Em abril deste ano, Benatti enviou ao Contran um ofício em que destaca que a entidade é favorável ao um valor ideal em torno de 10%, parâmetro atualmente adotado na Argentina. Essa padronização, destacou o dirigente, seria importante, inclusive, para a integração com o Mercosul.

Com informações da NTC&Logística
Rosalvo Streit
Agência CNT de Notícias

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