terça-feira, 29 de maio de 2012

Veículos ficaram até 11,5% mais baratos

Os consumidores que desejam adquirir um carro novo já podem encontrar o veículo desejado com um preço mais barato. Após o anúncio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), algumas montadores reduziram o preço dos veículos em até 11,5%. As novas tabelas de preços, já em vigor nas concessionárias, mostram o preço antigo dos veículos, o valor atual e quanto foi a economia com a redução do IPI.
Uma das maiores reduções foi registrada no novo Uno Vivace 1.0 EVO, que custava R$ 26.880,00, antes da redução do IPI, e que passou a custar R$ 24.110,00, uma redução de aproximadamente 11,5%, que gera uma economia de R$ 2.770,00. Outra importante redução foi registrada para o veículo Sandero Expression 1.0 HI, da Renault, que caiu de R$ 31.950,00 para R$ 28.720,00, gerando uma economia de 11,25%, o equivalente a R$ 3.230,00. Entre os modelos mais luxuosos, o valor da Tucson, da Hyundai, passou de R$ 69.900,00 para R$ 63.600,00...
O governo também anunciou a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no financiamento de veículos, o que pode reduzir o valor da parcela na compra financiada. A redução dos impostos vale até 31 de agosto deste ano.
O objetivo das medidas é diminuir os estoques de carros e equilibrar a produção. O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, estima que os estoques nas montadoras e revendas caia dos atuais 45 para cerca de 30 dias nesse período.

O número indica o total de dias de venda com as unidades em pátio, estejam elas nas concessionárias ou nas montadoras
Renegociação de dívidas

Nos últimos anos, um número maior de brasileiros tem conseguido adquirir o carro próprio. No entanto, apesar das facilidades ofertadas, nem todos os compradores conseguem honrar suas dívidas. Assim, a inadimplência no setor chega a 5,7% do total de financiamentos. Apesar disso, os bancos querem aproveitar o momento, com corte dos juros, para ampliar a concessão de financiamentos e acelerar a renegociação dos débitos que estão em atraso.

Como para os bancos não é interessante retomar os carros dados como garantia, já que perdem em média 50% do valor emprestado e levam entre sete e nove meses para conseguir parte do dinheiro de volta, a ordem é dar descontos, refinanciar e estender os prazos dos devedores, evitando perdas e disputas judiciais, segundo as empresas de recuperação de dívida.
De acordo com o presidente da Associação das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Décio Carbonari, o pior que pode ocorrer para os bancos agora é interromper o crédito, o que acentuaria a inadimplência e elevaria os estoques de veículos retomados.
A expectativa é que as medidas de estímulo reduzam o valor das prestações e facilitem a ampliação dos prazos, trazendo de volta clientes que tinham o crédito negado.
Sem impacto
Se para os bancos a renegociação de dívidas significa expansão do crédito, para o setor de automóveis a redução da inadimplência pode não ter nenhum impacto.
“Eu desconheço essa disposição dos bancos para renegociar as dívidas. Os juros bancários para o financiamento de veículos sempre foram muito baixos. Essa negociação dos bancos não influencia em nada no setor. O que vai estimular o setor são as medidas anunciadas pelo governo, como a redução do IPI”, avalia o presidente Fenabrave-CE, Fernando Pontes.

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