Antes de falar das que mais cobram dos motoristas, um dado interessante mostra que apesar do que pagamos para rodar nas estradas do país, o custo cobrado no Brasil é inferior à média mundial. Isso mesmo. No Brasil se paga em média R$8,77 a cada 100 km.
A média mundial, segundo o Banco Mundial, é de R$9,35 a cada 100 km. Ou seja, pagamos pouco para rodar nas estradas do país? Mas existe uma diferença entre lá e aqui. No Brasil as estradas já estão prontas, só necessitando manutenção e reforma. No exterior, quem ganha licitação tem que construir tudo novo.
Bom, levando-se em consideração o custo a cada 100 km, vemos que a maioria das mais caras do país está nas mãos da concessionária CCR. Então vamos lá. Qual é a mais cara do país com ou sem custo por cada 100 km? Nem precisamos dizer, mas se você não sabe é a famosa Anchieta-Imigrantes, que liga São Paulo à Baixada Santista e litoral sul. Neste complexo de duas rodovias controladas pela Ecovias, que é da CCR, o custo a cada 100 km está bem acima da média mundial. Se paga R$33,11 a cada 100 km. Quem espera por uma redução nos valores cobrados terá de esperar até 2023, quando a concessão termina.
Não gostou da praia pelo custo não é? Então vá para o interior. Mas preste atenção se seu destino for Sorocaba e noroeste de São Paulo, já que para andar na Via Oeste o motorista paga R$23,75 a cada 100 km da rodovia Presidente Castello Branco. Ainda pela Castello, depois de pagar o absurdo da Via Oeste, você pagará também a terceira tarifa mais cara a cada 100 km do país. A Colinas – que tem péssimo asfalto – cobra R$17,37 por 100 km percorridos. Mas essa rota caríssima tem uma rival.
A Rio – Teresópolis proporciona belas imagens da Serra dos Órgãos, mas para ter direito a isso, você paga R$16,35 a cada 100 km percorridos. Bela vista, alto custo. Lá no sul, os gaúchos de Porto Alegre que queiram aproveitar a praia no fim de semana terão de pagar por isso, e muito.
São R$15,45 a cada 100 km na Free Way. E nela há um detalhe, uma ponte móvel para passagem de navios, que como na travessia Santos-Guarujá, só gera atrasos e desconforto aos motoristas.
O inverno é bom, mas tem seu custo. E isso é bem explorado pela Brita – nome sugestivo – que desembolsa R$14,99 por cada 100 km que você rodou para aproveitar as belezas da região de Canela e Gramado.
No Rio de Janeiro, a região dos Lagos é a preferida pela maioria dos motoristas em fins de semana, mas quem quer curtir o sol na Armação dos Búzios e outras praias da região terá que pagar para a Via Lagos R$14,69 por 100 km rodados.
No complexo das rodovias Anhanguera e Bandeirantes (motódromo?), a AutoBan cobra R$14,27 por 100 km, ligando a capital paulista a uma das regiões mais ricas do Estado, que inclui cidades como Campinas, Rio Claro, Jundiaí, entre outras. A mais nova rodovia paulista e ser entregue para a iniciativa privada é a Dom Pedro I, que liga Jacareí à rodovia presidente Dutra via Atibaia. A Rota das Bandeiras mal chegou e já cobra R$14,01 por cada 100 km percorridos.
E por fim, a tarifa “menos cara” de todas é controlada pela Convias lá na região de Caxias do Sul – RS. Responsável pelo trecho local da BR116 e RS122, a concessionária gaúcha cobra R$13,81 a cada 100 km que o motorista percorre. Assim, essas são as que mais cobram por 100 km rodados em todo o território nacional.
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