sexta-feira, 5 de novembro de 2010

BR-101: instalação dos blocos de EPS segue em Tubarão

O conjunto de blocos de EPS já ocupa grande parte da cabeceira Sul do viaduto duplo de acesso ao centro de Tubarão. A empresa Triunfo, responsável pelas obras de duplicação da BR-101 Sul no lote 26, segue com a segunda parte da instalação dos blocos na base do aterro. O viaduto fica no km 334, cortando o perímetro urbano da cidade.

A instalação dos blocos de EPS é necessária depois que foram detectadas condições de solo com baixa resistência, no local das futuras pistas de acesso ao viaduto. O Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) analisou a possibilidade de acrescentar mais três vãos ao viaduto, elevando o valor da obra e estendendo o prazo de conclusão.
A alternativa encontrada foi a instalação de blocos de EPS, já que a composição do poliestireno pesa aproximadamente 23 quilos por metro cúbico. Em comparação, um metro cúbico de cinzas, relativamente mais leve que o aterro convencional, pesa 1,3 mil quilos, 57 vezes mais pesado que o EPS.
Com quatro metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 50 centímetros de altura, são necessários apenas dois trabalhadores para erguer cada bloco e encaixá-lo na malha, onde são presos por dois ferrolhos. Os blocos são encaixados um a um, em amarração trançada, para melhor compactação.
Segundo o DNIT, depois de instalados, os blocos vão formar uma malha com quatro metros de altura. Concluída a instalação, o conjunto será envolvido por uma camada de cinzas e posteriormente receberá o aterro, as camadas bases e, por último, as camadas asfálticas. Ao todo, o talude terá aproximadamente sete metros de altura.
A instalação dos blocos de EPS vai seguir durante a próxima semana, dentro das condições de tempo estável. A instalação não vai afetar o fluxo da rodovia, já que todos os trabalhos são realizados na cabeceira do viaduto, longe do tráfego de veículos.

O que é EPS? Os Blocos em poliestireno expandido (EPS), também conhecidos como blocos de isopor, são usados nas mais diversas aplicações na construção civil. Entre as principais estão a utilização de peças para lajes, recortes especiais, painéis de isolação térmica de parede e piso e enchimentos de pisos.
Devido às dimensões, é possível a obtenção de diversas medidas e formas, já que o material é maleável, sendo capaz de receber cortes nas peças. O EPS foi descoberto em 1949 na Alemanha, e introduzido na construção civil pouco tempo depois. O poliestireno expandido é um plástico celular rígido, composto por praticamente 98% de ar.

Não é conhecido o limite de idade do EPS. Os estudos realizados sobre as soluções construtivas atuais com EPS não dataram a vida útil do produto. O EPS é um produto sintético proveniente do petróleo. Quimicamente, o EPS consiste de só dois elementos, o carbono e o hidrogênio. Não contém qualquer produto tóxico para o ambiente e camada de ozônio (está isento de CFCs). O gás contido nas células é o ar.

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