Segundo a Rede de Hospitais Sarah, o atendimento às vítimas de trânsito no Brasil apresenta dimensão significativa no cotidiano dos hospitais. Em 2009, 45% dos atendimentos eram de vítimas de acidentes e até julho de 2010 esse índice atingiu 47%. Os dados foram apresentados pela representante do Sarah, Cláudia Miani, durante o III Seminário Denatran de Educação e Segurança no trânsito, que está sendo realizado em Brasília.
Outro dado apresentado foi a relação do acidente de trânsito com a falta do cinto de segurança. Segundo a representante da rede Sarah, no primeiro semestre de deste ano, 45% das vítimas de acidentes na posição de condutores não estava utilizando o equipamento. Na condição de passageiro no banco dianteiro, 59% das vítimas estava sem o cinto, número que aumentou para 81% quando se tratavam dos ocupantes do banco traseiro. Cláudia enfatizou a questão dos traumas e neurotraumas em veículos automotores e a relação com os dispositivos de retenção. “As lesões e morte no trânsito poderiam ser evitadas com o uso desses equipamentos”, destacou.
Durante a primeira mesa de debates, que discutiu o impacto da violência no trânsito para a saúde pública, a representante da Organização Mundial da Saúde, Mercedes Noemi, apresentou recomendações para a redução do número de mortos no trânsito. De acordo com Noemi, o setor de saúde deve fazer parte das políticas de segurança de trânsito e é preciso haver uma melhoria no atendimento pré-hospitalar e no cuidado às vítimas de trânsito. Já a representante do Ministério da Saúde, Cheila Marina de Lima, o trânsito deve ser tratado como saúde pública e é preciso romper a concepção de que os acidentes não podem ser evitados e prevenidos.
Fonte: Denatran
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