Para explicar como se chega ao preço final, as importadoras usaram como exemplo um carro importado com motor acima de 2 litros. O cálculo começa com o preço inicial do suposto veículo (R$ 100 mil), acrescido dos 35% da taxa de importação (R$ 35 mil), mais 3% de despesas aduaneiras (R$ 3 mil), mais 54% de ICMS + PIS/Cofins (R$ 54 mil).
A esse valor soma-se ainda uma margem de lucro “hipotética” bruta da montadora, de 7,5% nesse exemplo (R$ 7,5 mil), e os 55% do IPI sobre esse tipo de veículo (R$ 109.725), que incide sobre o valor faturado. Finalmente, é acrescentada a margem de lucro bruto da concessionária, também hipotética, de 10% (R$ 30.922). A conclusão é que o carro que tinha o custo inicial de R$ 100 mil chegaria às lojas custando R$ 340.147.
A crítica da ‘Forbes’
No último sábado (11), um colunista da “Forbes” publicou um artigo dizendo que os brasileiros estão sendo “roubados” pelos preços altíssimos de carros que não podem ser considerados “top” e criticou o comportamento do consumidor.
Para Kenneth Rapoza, o brasileiro confunde preço com qualidade. “Não há outra razão [para os preços do Brasil] a não ser a taxação excessiva, de mais de 50% [do preço do carro], e a ingenuidade do consumidor que pensa que dá na mesma pagar por um Cherokee o valor de um BMW X5″, escreveu.
No texto, ele citou que, pelo preço que se paga no país por um Jeep Grand Cherokee, da americana Chysler, é possível comprar 3 carros desse em Miami. E afirmou que, apesar do alto valor pago por ele no Brasil, o modelo não confere status ao seu proprietário, assim como outros citados na coluna. “Desculpem, brazukas… não existe status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand [Cherokee] ou Dodge Durango”, escreveu. “Não se deixem enganar pelo preço. Vocês estão sendo roubados.”
FONTE: Auto Esporte
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