No mundo todo, em 2009 foram 1, 3 milhões de mortes por acidentes de trânsito em 178 países do mundo. E em 2020, se nada for feito, estima-se que teremos 1,9 milhões de mortes por acidentes de trânsito. Sabe-se que entre 30 e 50 milhões de pessoas sobrevivem com traumatismos e feridas. Os acidentes com motocicletas são a primeira causa de morte para jovens entre 15 e 29 anos...
Este quadro levou a Organização das Nações Unidas a criar a Década de Ação pela Segurança no Trânsito – 2011/2020. Recente estudo da AAOS, American Academy of Orthophaedic Surgeons, investigou o quanto os acidentes provocados por motocicletas são perigosos. Descobriu-se que os motociclistas norte americanos possuem 37 vezes mais chances de morrer, por milha viajada, do que estando em um automóvel. Grande parte do problema nos EUA, e que também é parte das causas dos acidentes com motos no Brasil, está relacionado ao pouco uso do capacete, o que acaba provocando mais traumas cranianos severos e alta mortalidade. As lesões músculo-esqueléticas mais prevalentes são as fraturas nas extremidades e na coluna vertebral.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, em menos de dez anos o número de acidentes com motociclistas triplicou. E, a cada seis meses, deixa mais de 100 mil pessoas inválidas.
O aumento do número de motociclistas nas ruas que corresponde a uma frota de mais de 16 milhões de motocicletas aliado à necessidade de viabilização de políticas mais consistentes de tráfego, fiscalização e educação para o trânsito são fatores relevantes para este quadro.
Na medicina , à luz dos avanços científicos, também advindos da observação das circunstâncias da atualidade, a sub-especialidade da Ortopedia denominada Reconstrução e Alongamento Ósseo, tornou-se hoje, uma alternativa para pacientes que antes recebiam indicação de amputação dos membros inferiores e superiores.
A Reconstrução Óssea, através da delicada e precisa técnica de colocação de fixadores externos vem oferecer a possibilidade de um recomeço para muitos pacientes que poderiam passar pela difícil experiência da perda de um membro de seu corpo e consequente perda de sua qualidade de vida, cujos reflexos atingem toda a família.
A cirurgia consiste, após sedação, na instalação do fixador externo – uma estrutura metálica cilíndrica ou linear, ligada por fios e pinos rosqueados, inseridos no osso, o qual, após secção, permite o alongamento ou transporte ósseo.
Na recuperação, o paciente tem, em média, evolução de dois meses, para os casos mais simples, há um ano para casos mais complexos. Saiba mais. As indicações para a Reconstrução Óssea não se restringem somente aos acidentes e traumas, como também às infecções ósseas, deformidades congênitas e doenças degenerativas como a artrose.
Fonte: A Crítica
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