A rodovia, que é dividida em três partes, também aparece em quarto lugar quando o assunto é o perigo para pedestres. O ranking do perigo para ciclistas e pedestres nas rodovias estaduais de Santa Catarina mostra que até houve uma diminuição no número de acidentes – de 102 no primeiro semestre de 2011 para 88 no mesmo período de 2012. Mas as mortes saltaram de 3 para 20. As rodovias onde os ciclistas mais devem aumentar os cuidados são a SC-401, em Florianópolis; a SC-474, em Blumenau; e a SC-415, entre Garuva e Itapoá. A situação para os pedestres está um pouco menos crítica. Os acidentes, este ano, no Estado, caíram 17,86% e as mortes, 11,53%. Mesmo assim, são cinco atropelamentos por semana.
Todas as rodovias críticas para os pedestres cortam áreas urbanas e dividem comunidades. A rodovia mais perigosa de Santa Catarina para quem anda de bicicleta é a SC-401, em Florianópolis. Nos seus 20 km não há espaço exclusivo para os ciclistas circularem.
A terceira mais perigosa, a SC-415, entre Garuva e Itapóa, no Norte do Estado, tem empresas de transporte de carga, o que provoca um intenso fluxo de caminhões e trabalhadores que circulam de bicicleta. Neste ano, foram quatro acidentes. Para o integrante da Associação dos Cicloviários da Grande Florianópolis (Viaciclo), Daniel Costa, o aumento no número de mortes entre ciclistas é resultado dos projetos viários que priorizam os carros e da falta de infraestrutura nas rodovias.
— Andar de bicicleta ou a pé não é perigoso. O que é realmente perigoso é dar ao motorista chances de ele correr mais, realizar obras sem pensar em quem anda a pé ou de bicicleta.
Para o major da Polícia Militar Rodoviária (PMRV ) Fábio Martins, os acidentes pelo Estado ocorrem pela falta de ciclovias, aliada à imprudência dos motoristas. O presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, diz que, quando foram criadas, as rodovias não previam estrutura para assegurar o deslocamento de pedestres e ciclistas. Segundo ele, os novos projetos já levam em conta estes itens em áreas urbanas e, à medida em que forem sendo contruídas, haverá mudança de cenário, possibilitando a diminuição do número de vítimas.
Fonte: A NOTÍCIA
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