sexta-feira, 27 de julho de 2012

Rodovias estaduais do Norte de SC estão entre as cinco mais perigosas, diz estudo

Duas importantes rodovias estaduais do Norte de Santa Catarina estão entre as mais perigosas para quem anda a pé ou de bicicleta. É o que revela um estudo exclusivo da Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina (PMRv). A SC-415, entre Garuva e Itapoá, é a terceira mais arriscada do Estado para ciclistas. A SC-301, que começa em São Francisco do Sul, passa por Joinville e leva a São Bento do Sul, é a quarta no mesmo ranking...


A rodovia, que é dividida em três partes, também aparece em quarto lugar quando o assunto é o perigo para pedestres. O ranking do perigo para ciclistas e pedestres nas rodovias estaduais de Santa Catarina mostra que até houve uma diminuição no número de acidentes – de 102 no primeiro semestre de 2011 para 88 no mesmo período de 2012. Mas as mortes saltaram de 3 para 20. As rodovias onde os ciclistas mais devem aumentar os cuidados são a SC-401, em Florianópolis; a SC-474, em Blumenau; e a SC-415, entre Garuva e Itapoá. A situação para os pedestres está um pouco menos crítica. Os acidentes, este ano, no Estado, caíram 17,86% e as mortes, 11,53%. Mesmo assim, são cinco atropelamentos por semana. 



Todas as rodovias críticas para os pedestres cortam áreas urbanas e dividem comunidades. A rodovia mais perigosa de Santa Catarina para quem anda de bicicleta é a SC-401, em Florianópolis. Nos seus 20 km não há espaço exclusivo para os ciclistas circularem. 

A terceira mais perigosa, a SC-415, entre Garuva e Itapóa, no Norte do Estado, tem empresas de transporte de carga, o que provoca um intenso fluxo de caminhões e trabalhadores que circulam de bicicleta. Neste ano, foram quatro acidentes. Para o integrante da Associação dos Cicloviários da Grande Florianópolis (Viaciclo), Daniel Costa, o aumento no número de mortes entre ciclistas é resultado dos projetos viários que priorizam os carros e da falta de infraestrutura nas rodovias. 


— Andar de bicicleta ou a pé não é perigoso. O que é realmente perigoso é dar ao motorista chances de ele correr mais, realizar obras sem pensar em quem anda a pé ou de bicicleta.


Para o major da Polícia Militar Rodoviária (PMRV ) Fábio Martins, os acidentes pelo Estado ocorrem pela falta de ciclovias, aliada à imprudência dos motoristas. O presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, diz que, quando foram criadas, as rodovias não previam estrutura para assegurar o deslocamento de pedestres e ciclistas. Segundo ele, os novos projetos já levam em conta estes itens em áreas urbanas e, à medida em que forem sendo contruídas, haverá mudança de cenário, possibilitando a diminuição do número de vítimas.


Fonte: A NOTÍCIA

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