foto: Notisul. O aposentado Pedro Martins, 62 anos, foi socorrido pelo Samu e não corre risco de morte. Ele já tem uma bala alojada na cabeça, resultado de um assalto na década de 90, em São Paulo |
Um assalto em plena luz do dia e no centro de Tubarão quase terminou em tragédia ontem. Era 16h35min quando dois adolescentes e um jovem de 18 anos entraram na Lotérica Lima, na rua Coronel Collaço (próximo ao Banco do Brasil), e anunciaram o assalto. Eles deixaram dezenas de pessoas em pânico e um homem baleado.
Pedro Martins, 62 anos, morador de Capivari de Baixo, levou um tiro no lado direito do peito durante a fuga do trio. Um adolescente ainda não identificado - foragido até o fechamento desta página, por volta das 21h30min - foi quem disparou contra Pedro.
A lotérica estava cheia no momento do assalto. Dois ladrões pularam a proteção que dá acesso aos caixas e abriram a porta para o terceiro bandido. Eles levaram todo o dinheiro dos caixas e do cofre. O proprietário ainda não conseguiu contabilizar o total levado, mas, segundo informações de uma funcionária, o valor pode aproximar-se dos R$ 50 mil em dinheiro e cheques.
Os ladrões estavam com uma bicicleta furtada, abandonada durante a fuga. Ao tentar atravessar a ponte Nereu Ramos (da Praça do Chafariz), dois deles caíram. Foi quando Pedro tentou segurar um deles e levou o tiro. O adolescente disparou três vezes. Duas balas ficaram alojadas no muro de uma loja em construção. Eles fugiram em um táxi em direção ao bairro Morrotes, onde um dos envolvidos foi capturado poucos minutos após o crime.
Pedro, que também é cardíaco, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o reanimou ainda na calçada da ponte. Ele foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), onde está internado, respira com ajuda de aparelhos e, felizmente, não corre risco de morte.
“Estamos nas mãos dos criminosos”
Mais de 300 pessoas observaram o trabalho do resgate ao idoso Pedro Martins, 62 anos, baleado após o assalto à Lotérica Lima, na rua Coronel Collaço, no centro de Tubarão. Entre o público, muitas pessoas indignadas com a audácia dos bandidos e com o significativo aumento da criminalidade na cidade.
“Como pode ocorrer isto, em pleno centro? Escapei dos tiros por alguns metros. Estava logo atrás do homem baleado. É preciso dar mais atenção às políticas sociais e educar estes jovens antes que a criminalidade os eduque. Estamos nas mãos dos criminosos”, lamenta a assistente social Raquel Borba Souza.
Um outro senhor, de 57 anos, que estava sentado na Praça do Chafariz, próximo ao local do crime, reforça a necessidade de mais policiais nas ruas. “É muito difícil saber onde um assalto vai ocorrer, mas, se o ladrão observa que há polícia em tal lugar, não agirá, pode ter certeza”, dispara o homem, que também presenciou a tentativa de homicídio contra Pedro.
A Polícia Militar de Tubarão colocou em prática, no fim de novembro, o programa Comércio Mais Seguro. A ação tenta minimizar o número de roubos e furtos na cidade e orienta empresários de como devem agir diante de um bandido.
“Sou inocente”
O jovem de 18 anos (foto) detido pela Polícia Militar dentro de um táxi próximo ao Beco do Quilinho, no bairro Morrotes, em Tubarão, no fim da tarde de ontem, afirma que não participou do assalto à lotérica que quase terminou em tragédia. “Eu estava no táxi quando entraram mais dois rapazes que eu nem conheço. Tinha acabado de sair do exército em direção a minha casa”, declara o acusado, que já foi encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão.
Fonte: Notisul
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