quarta-feira, 22 de junho de 2011

Copa 2014: 6 mil devem morrer em acidentes

Em 2014, no ano da Copa do Mundo no Brasil, 45.549 pessoas morrerão vítimas do trânsito nas ruas e estradas brasileiras, sem considerar a realização do evento. A projeção é do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes (IPC-LFG), baseada na taxa média anual de crescimento de mortes no período de 2000 a 2008, que tem sido de 2,9%, extraída do Centro de Experimentação e Segurança Viária Brasil.
Levando em conta um cenário pessimista, que há muito se desenha com o caos aéreo brasileiro e agora com o atraso nas obras de infraestrutura aeroportuária para a Copa de 2014, é possível considerar que o fluxo viário durante a Copa do Mundo seja parecido com o do Carnaval, quando o tráfego rodoviário aumenta em torno de 40%. “Assim, poderia ser possível considerar que durante a Copa do Mundo no Brasil haveria 5.730 mortes em acidentes de trânsito”, afirma o jurista Luiz Flávio Gomes, criador e presidente do IPC-LFG.
“Porém, com base em estatísticas do Institute Road Safety, da África do Sul, de que houve um crescimento de 20% nos acidentes de trânsito do país somente no período em que obras de melhorias viárias estavam sendo executadas, especificamente para a Copa de 2010, podemos calcular, então, que no Brasil o número de mortes em acidentes deverá ficar próximo a 6.873 na Copa de 2014, computando-se mais este crescimento de 20%, ou seja, aproximadamente 229 mortes por dia”, avalia Luiz Flávio Gomes.
Tal situação se reforça em função do atraso nas obras de infraestrutura das principais capitais que sediarão jogos da Copa. “Contudo, a realidade brasileira será mais cruel, uma vez que a Copa do Mundo de 2014 deverá acontecer em meio a um imenso canteiro de obras.”
De acordo com projeção do IPC-LFG, nas copas passadas – Alemanha (2006) e África do Sul (2010) –, houve um aumento de aproximadamente 30%no tráfego rodoviário durante os 30 dias do evento.
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