Alguns motoristas não abrem mão de um carro blindado, por conta da segurança, porém, ele pode se tornar um problema na hora de vendê-lo.
Os carros blindados costuma sofrer mais depreciação do que os veículos comuns e, quando completam dez ou mais anos, o valor de mercado despenca.
De acordo com o diretor da Agência AutoInforme, Joel Leite, são vários os motivos que levam à desvalorização do veículo, entre eles, a falta de atualização e revisão do serviço de blindagem. “Como as peças para a blindagem são pesadas, especialmente a parte transparente, isso reduz a vida útil dos componentes, fazendo com que o carro blindado tenha uma exigência maior na manutenção”, explica...
Outro fator que encalha a venda do blindado é que a maioria dos consumidores procura um modelo zero quilômetro. “O mercado de usados é aquecido, mas se limita a modelos mais novos, com dois, três, quatro anos de uso. Depois disso, a depreciação é muito grande e um carro blindado com mais de dez ano vira um verdadeiro mico”, afirma Leite.
Preços sem equilíbrio De acordo com a Agência AutoInforme, o grande número de blindagens feitas no início dos anos 2000 resultou em uma frota depreciada e sem padrão de preços. “No caso do carro blindado com mais de dez anos, então, é impossível estabelecer uma cotação confiável”, afirma o diretor.
Segundo pesquisadores da Molicar, é possível encontrar blindados do mesmo modelo e mesmo ano de fabricação com uma variação de preço totalmente fora dos padrões.
De acordo com um levantamento feito pela empresa, uma picape Cherokee ano 1998 blindada foi ofertada em São Paulo por R$ 25 mil, enquanto uma outra unidade do mesmo modelo e ano era vendida por R$ 7 mil na mesma cidade. “É verdade que os diferentes níveis de blindagem contribuem para a variação de preço, mas num carro com mais de dez anos, caso da Cherokee em questão, a blindagem não é levada em conta na formação do preço. Muitas vezes, por falta de manutenção, a blindagem perde a eficiência e o interesse do comprador de um carro desse tipo é pelo veículo e não pelo equipamento”, finaliza Leite.
Fonte: Trânsito Manaus
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